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sábado, 15 de agosto de 2009

Um girassol contempla o "Mas que loucura o desafio de seguir Jesus Cristo no século XXI" Artigo de Joel Portela Amado!

Não se pode negar que as últimas décadas foram marcadas por grandes mudanças que afetaram praticamente o mundo inteiro. Quantas descobertas das ciências! Quanto avanço tecnológico! Quanta transformação na economia, nos sistemas políticos e no jeito de pessoas e povos lidarem com a vida e tudo que a ela diz respeito. As ciências, nos seus mais variados campos, têm se preocupado com estas transformações, atribuindo-lhes diversos nomes e motivos. O fato, contudo, é inegável: vivemos um período, no mínimo, de passagem. Sabemos que não estamos mais onde estávamos. Não temos certeza, entretanto, sobre onde vamos parar.
Estas mudanças atingem também o modo como vivemos nossa fé. Somos humanos e não almas bolhas de sabão. Ao nos tornarmos homens e mulheres de fé, elevamos, por certo, nossos corações aos céus. Não tiramos , porém, nossos pés da terra. Se o fizermos, já não estaremos trilhando pelas mesmas estradas de Jesus Cristo. Por isso, cientes de que tempos de mudançaafetam também nosso modo de compreender o mistério de Deus e tomar atitudes daí decorrentes, somos convidados a compreender estes tempos e discernir entre 1) o que é essencial ao Evangelho, 2) o que é marca histórica de tempos que já não voltam mais e 3) o que, sendo atual, não condiz, todavia, com a Boa-Nova da Salvação.
O que vamos refletir aqui diz respeito aos tempos de mudança, procurando estabelecer algumas carcterísticas da pessoa de hoje, em especial no que diz respeito à vivência da dimensão religiosa. Não vamos chegar a grandes respostas. Estas na verdade, dependem da reflexão mais longa e bem mais do dia a dia assumido com fé, esperança e caridade. Vamos tentar compreender o que significam estes tão falados tempos de mudança e quais as consequências destas transformações no jeito de anunciar, acolher e viver a fé em Jesus Cristo, no seio da comunidade dos discípulos e discípulas, em atitude missionária de serviço e anúncio da Boa-Nova.
A importância desta carcterização reside no fato de que todas as novidades são de algum modo desconcertantes. Em termos especificamente religiosos, ficamos assustados, por exemplo, quando alguém, depois de tantos anos, participando ativamente da vida de uma comunidade tradicionalmente estabelecida, larga-a, dizendo ter encontrado Jesus Cristo num grupo religioso recém-constituído e com base em doutrinas as mais variadas. Quem, em sã consciência, não sente no mínimo incomodado diante da overdose de curas e exorcismos que vem invadindo os meios de comunicação, em especial as televisões abertas em determinadas horas do dia e da noite? Como não se angustiar quando as celebrações do mistério eucarístico acabam sendo valorizadas mais pela quantidade de palmas, efeitos luminosos e lágrimas vertidas?
Até algum tempo atrás, era comum resolver estas questões a partir do argumento da ignorância religosa. O povo, dizia-se, era mal formado, centrado em devoções populares, marcado pelo sincretismo brasileiro. Mas, agora, quando tanta informação é dada, quando tantos cursos são feitos, quando tanta gente se preocupa em estudar até mesmo teologia, com explicar estes arroubos de conversão, emocionalidade, busca desesperada por prodígios? É claro que, por se tratar de fenômeno complexo, várias são as explicações, devendo todas ser ponderadas. Ninguém nega, por exemplo, que os empórios de curas e milagres, que se alastram transcofessionalmente por nossas periferias, encontram apoio na ausência de efetivas políticas de saúde pública. Um povo sem esperança corre ao vento, buscando alívio em quem lhe promete vitória.
A novidade consiste no fato de que, sozinhas, explicações apenas de natureza política ou de educação religiosa não satisfazem mais. Pessoas bem informadas, cujos estudos foram feitos em instituições confessionais, diplomadas em vários níveis nos campos intelectual e profissional, também se voltam para as mesmas atitudes, mudando de religião, buscando aparições, prodígios, percorrendo caminhos considerados portadores de força mística, veiculando na internet novenas ou corrrentes de eficácia, dizem, garantida.
Estes exemplos podem não ser os melhores. Revelam, no entanto, que a questão ultrapassa as leituras focalizadas num único âmbito. As possíveis diferenças de classe social ou condição econômica dizem respeito muito mais ao modo como se concretiza este jeito de lidar com a vida e com o religioso. O fato é que estamos diante de um jeito crescente, hoje em dia, de se relacionar com Deus, um jeito que, podemos dizer, é cultural, ou seja, ligar-se aos fundamentos últimos de pessoas e povos lerem a realidade, lidarem com ela, interagindo entre si e com Deus.

2 comentários:

  1. Poderia fazer uma reflexao maior sobre os tres topicos?

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  2. Oi Padre...Esta foto ai no topo da pagina é inconfundivel... Esta bolsa... Este chapéu... Huumm... quem será? heheheh.
    Sandrinha (Zelio Bicalho)
    OBS: O comentário anterior é meu.

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