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terça-feira, 14 de setembro de 2010

"NOSSO MEDO, NOSSO LAR... Mais uma bolha de sabão a estourar!"

        Assistimos atentamente na tarde de ontem, (como qualquer bom cenófilo da atualidade), numa das tantas e tantas salas de cinemas em nossos shoppings centers da vida, o filme "Nosso Lar", que se enquadra, em mais uma das homenagens póstumas ao médium Chico Xavier, onde percebemos ali, e, sem nenhum achismo, que infelizmente, mais uma velha, brilhante ou colorida bolha de sabão está de volta nos ares do mais atual e costumeiro modismo vigente. Este tipo de consumismo cinematográfico, favorece também aos interesses dos nossos já alucinados e diversificados camelôs da pirataria vigente, espalhada pelo país afora; quando aproveitam mesmo, esse filão comercial, para faturarem e muito, em suas costumeiras vendas numa velocidade comparável a certo efeito não apenas do dominó, mas também, a la borboleta ou libélula da atualidade momentânea...
        Apesar, como todos bem sabem, da nossa constante firmeza e insistência opcional /profética, pelos tão sonhados diálogos: Inter-Religioso e Ecumênico, lamentavelmente aqui faremos com certa preocupação, uma exigente defesa apologética aqui propíciada  para este nosso contexto, em prol diretamente daquela preciosa sabedoria e exigente discernimento, que como bem se cabe aqui;  a todo aquele incansável, e  autêntico evangelizador, discípulo e missionário, comprometido em si com a causa do legítimo: Evangelho da Vida! Este artigo, com teor e apelo ainda possivelmente apologético/crítico, em defesa de um provável e consistente corte de cunho epistemológico, quer na verdade, atingir um certo ápice magno e perene, que realmente configure-se em si, com certos  argumentos científicos, filosóficos ou teológicos, daquilo que nos tocam diretamente a  respeito, do que se entendem enfim por: Esperança Ativa e Escatologia Sadia, de nossos bons e comprometidos cristãos ou não, em seus mais atuais dias de violência generalizada.
        Realmente, estamos em tempos de uma 'Nova Época', novos paradigmas civilizatórios se abrem a nossa frente. Neste ínterim, nosso mais atual pluralismo religioso sem intitula vertiginosamente de 'NOVA ERA (New Age)', A nova era de 'Aquarius', com data marcada de seu início para 21 de Dezembro de 2012, deixando a Era de Peixes (a Cristã) para os museus de um passado empoeirado pelas atitudes anti-evangélicas cometidas por tão  nosso ainda denominado: "Ocidente Cristão"; conforme tanto aludem,  as mais variadas plataformas ideológicas ou não, de seus mais expressivos e entusiasmados visionários, militantes, e agregados, ao universo e suposto mundo paralelo, esotérico, ocultista, espiritualista, virtualizado, englobando consequentemente, até mesmo adeptos ou simpatizantes da cultura e principio Maia...
        A NOVA ERA não é um subproduto religioso nascido de um modismo efêmero. É a mentalidade pós-moderna que se configura numa difusa fuga das culturas vigentes em  dinâmica e constante bifurcação, configurando-se também religiosamente, e, que recomeça a ter seguidores e um fascínio próprio do contexto crucial, em andamento  já globalizado em si, do final e virada transitória de milênio, iniciando-se ao novo que chega, tremendamente assustado por um fatídico e terrível, 11 de Setembro...
        Diante de uma contextualização nestes moldes, no qual se assistem ao esfacelamento de todas as certezas e à recusa de qualquer pensamento de insinuação dogmática, perene ou não, em sua filosofia, ciência ou teologia, simpatizante pejorativamente a certo teor apologético...
       Este fenomeno averso, a critérios de verdade, do qual o caldo cultural do atual universo simbólico nos configura e nos desemboca, desdobrando-se em direção a um certo senso crítico. Ele em si, é um forte convite sensato a nos configurarmos neste mesmo desdobramento e delinear coletivo, para juntos num amplo leque de supostos epifenômenos denominados "conspiradores aquarianos", adeptos da Nova Era, que vão de técnicas psicossomáticas, colônias de auto-ajuda, ao irracional do rito difuso, do Deus imanente no mundo à epistemologia fraca que percorre nossa época., passando através de temas clássicos de antropologia religiosa: a meditação, o transe mediúnico ou não, o xamanismo, chegando à terra e ao arquétipo feminino.
        O tal caldo cósmico dessa espécie de sopa centrífuga e vitaminada na nova onda virtual, tem seu ápice acomodatício nas possíveis bricolagem, interconfissionalidade e sincretismo religioso feito apartir do efeito da propaganda subliminar via pelo inconsciente coletivo dos tantos fundamentalismos e fanatismos espiritualistas e dissidentes remanescentes, da última moda vigente ou corrente como aqui se queiram acentuar.
        Daí resulta-se, um outro  grande e gritante  quadro vital, de religiosidades difusas, andaimes provisórios ou bengalas para os enfeites dos indivíduos em fugas de seus em Si-mesmos. Neste contexto, a mentalidade predominante e insurgente serve-se do antigo e do novo para tornar-se cúmplice de uma visão religiosa eclética, espelhando-se na imagem frágil, fragmentada, subjetiva, narcisista e egocêntrica do mundo atual...
        O mundo das mais utópicas fantasias, de se anestesiar e tentar sair do real, está sempre presente nas mais variadas quimeras e devaneios de civilizarem e fragmentar o coração humano. Utopias como: o mundo da idéias de Platão, Walden Two, Admirável Mundo Novo entre outros novos modelos ideológicos, como pressuspostos semelhantes, têm em si, constantemente, povoado a nossa imaginação e criatividade alheia a certa lógica filosófica, teológica ou científica... Num mundo assim, preferimos inconscientemente o realismo fantástico, ao invés da realidade nua e crua da agitação que nos cerca...
       O filme em cartaz, baseado na obra "Nosso Lar" de Chico Xavier é um retrato falado deste paganismo difuso e atuante no espírito de época em que atualmente experimentamos, como fuga do verdadeiro resgate cultural do pós-moderno. Os medos gritantes dos nossos fantasmas do passado, e, as fantasiosas idéias futuristas do tipo desenhos animados de "The Jetsons", ou, lan houses de big brotters vigiando os seus  entes queridos na matéria limitada, estão pintando a película do filme de ponta a ponta. Também aparece uma pseudo idéia de purgatório, completamente medieval como obstáculo purificatório para a continuada jornada direcionada a um utópico paraíso colonial do tipo: Atlântida futurista, Lemúria a la mister Indiana Jones, parque temático a la canção nova, tipo civilização e organização maia, lembrando até aquelas brilhantes disneylândias que povoavam constantemente  nossos mais profundos sonhos infantis no final dos anos 60; mostrando-se completamente desconfiguradas com o verdadeiro resgate do paraíso perdido, tão almejado como "o sonho da terra sem males", na escatologia e esperança cristãs.
       A suposta colonia de "Nosso Lar", se parece mesmo com essas modernas 'colinas da paz' (ou jardins da saudade), forjadas pela mais moderna pseudo-concepção da morte no âmbito capitalista/neo-liberal, em busca de um suposto paraíso do tipo "Quinta da Boa Vista" em decadência, como aparece em algumas cenas do filme, como locações das próprias filmagens. Os aprendizes da colônia, vivem numa convivência completamente insuportável, melancólica, tediosa, na sua susposta dinâmica de se desenvolver na evolução energética do seu próprio 'ser espirita'. A disciplina rígida fomentada pela cega lei da causa/efeito supõe uma neurótica tentativa de se construir um sobre-mundo irreal, do tipo Matrix ou aquelas colônias futuristas do filme "Guerra nas estrelas", com seus desdobramentos limitados no lado negro da força. Enfim, a cosmologia do mundo hierárquico dos seres superiores se parece muito mais com o já tão conhecido monte Olimpo dos deuses e demais divindades da Grécia, que viviam entre si, degladiando-se ambiciosamente por muitas das tantas moradas privilegiadas no panorama mitológico de então... E é,exatamente aqui, que percebemos toda a fraqueza deste brilhante bolha de sabão, é aquele tipo de tendência medrosa de se não encarar diretamente, a verdadeira realidade da vida plena, abundante, de sentido totalizante e profundo, revelada pelo dinâmico Reino do Evangelho da Vida, anunciado completamente por Jesus de Nazaré.
        A colônia é um tédio só, um determinismo com cegueira sem fim, onde a desculpa do livre arbítrio, é que tudo tem o seu tempo de aceitação inquestionável, para as respostas da hora provavelmente certa e supostamente merecidas... Este é o tipo de chavão, tão constantemente usado pelos porselitismos das seitas do gênero, tão bem subliminado em todos os métodos de lavagem de cérebros, métodos de doutrinação e alienações pseudo-religiosas. É como já nos dizia em seus escritos o saudoso monge beneditino, D. Estevão Bettencourt O.S.B.:
        { O Cristão sabe que, de fato, Deus, e por permissão Dele, os anjos e os santos podem maravilhosamente intervir de forma missionária no curso natural das coisas; sem dúvidas nenhuma ocorrem milagres. Mas, a fé adulta afirma que não se devem admitir intervenções do além sem que haja credenciais para tanto. Antes de crer, devo perguntar; por que crer? Por que aceitar esta ou aquela proposição (aparição de uma entidade superior, cura milagrosa, mensagem profética...)? Na base de que dados ou de que testemunhos eu acreditaria?
        No setor da religião, os sentimentos e as emoções tendem a se antecipar ao raciocínio; o senso religioso férvido inspira, muitas vezes, a imaginação e a fantasia sem o acompanhamento da lógica. Especialmente em nossos dias isto se verifica: os tempos são ingratos, os problemas sócio-econômicos se multiplicam e não se vê, de pronto, uma solução racional ou científica para os mesmos. A conseqüência é que o homem/mulher, abatidos ou deseperados se deixam facilmente seduzir pela proposta imediata de soluções mágicas, anestésicas e portentosas como brilhantes bolhas de sabão, mas irracionais e. não raro, perniciosas... Já o livro dos Atos dos Apóstolos registra um acontecimento típico em que as emoções religiosas comandaram irracionalmente a conduta dos homens/mulheres daquele contexto vital. Com efeito; a população de Éfeso, cultora da deusa Diana, julgava que esta era ofendida pela pregação de São Paulo. Em conseqüência, a multidão se aglomerou no teatro da cidade, "totalmente confusa; a maior parte nem sabia por que estavam reunidos... Gritaram por quase duas horas: "É grande a Diana dos efésios!" Interveio então o escrivão da cidade, incitando a população à calma e ao sábio raciocínio (c.f. At 19,23-40)].
        Concluindo, diríamos então a cada um de  nós que , a ciência, a filosofia e a teologia devem sensatamente, caminhar juntas entre si. Ciência sem filosofia e teologia, é uma ciência cega! Filosofia sem ciência e sem teologia, é filosofia raquítica. Teologia, sem ciência e sem filosofia, é teologia anêmica. A síntese das três, equivale a sabedoria dos humildes, que afugenta as legiões de idéias erradas a respeito da vida, do ser humano, do mundo e das culturas religiosas. Jesus de Nazaré, nunca entrou nessa  de fragmentar e fantasiar a vida enquato tal, em suas dimensões integradoras como aparentes e meras bolhas de sabão. Ele simplesmente se mostra, vivencia sua missão, num reino completamente integrado no: "meio de nós!". Os fundamentalistas e fanáticos religiosos procuram este "reino dos céus" lá em cima no espaço sideral. Os ocultistas e os esotéricos procuram suas respostas num mundo paralelo... Todos acabam caindo no vazio, no nada, como os cientistas  adeptos das teorias relativistas se encontram num imenso beco sem saída, em busca de um ponto final para a solução do mistério do espaço sideral. Já os amigos das teorias quânticas viajam também ao nada infinito da maionese requentada, nas diversas minúsculas partículas da complexidade de um simples átomo... O verdadeiro sentido de tudo isto deveria estar na dinâmica arte de transformar o caos em cosmos... Fora disso, tudo é vaidade e ventos que passam... Meras bolhas de sabão!
        O Reino do Evangelho da Vida, está na verdade completamente integrado no meio de nós, tudo está muito simutâneamente na realidade que nos circunda... É só saber jogar a pedra angular no lago da verdade enquanto tal, e ver os círculos em sua volta fazendo a  grande festa das circunferências dialogais. É como o peixe na água, a pérola na ostra, a aranha na teia, o ar no espaço que respiramos, o sonrisal no copo d'água, da ressaca que se viu na embriaguês da noite passada. Aqui a fé e a vida são inseparáveis, o corpo e a alma também (nada de dualismos platônicos), o céu e a terra são com uma preciosa moeda de duas faces e grande valor... A luz quando aquece a lama endurece-a e quando aquece a cêra derrete-a... O que está em cima é como o que está em baixo. O que está dentro é como o que está fora... Quem tem ouvidos ouça...E quem tem entendimento, que entenda... Diria-nos, novamente o rabino nazareno...
          Portanto, meus caros bloggeiros, antes de fugir da realidade para um suposto mundo espiritual ou virtual, vivam muito antes de tudo a realidade na sua devida complexa totalidade, contemple-a com toda sua parcela de compromisso soilidário e lute pelo resgate do Evangelho da Vida, com todos os sentidos, possibilidades, responsabilidades que geralmente  nos são em si, bem comuns; a partir é claro, das aberturas fundamentais do Eu+comigo mesmo/ Eu+outro/ Eu+mundo e Eu+ Amor de Deus, com essas aberturas fundamentais e dimensões profundas da existência enquanto tal, estaremos enfim, desatando todos os nós dessas nossas reais-relações humano/divinas, como nos propõe em si a dinâmica aventura  do Reino da mesa partilhada de Jesus de Nazaré, o nosso continuado: Cristo Ressuscitado! Muita paz nessa hora, para o seu e os nossos corações possívelmente solidários!



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