- Cor - Objeto específico da visão.
- Som - Objeto específico da audição.
- Odor - Objeto específico do olfato.
- Sabor - Objeto específico do paladar.
- Dureza ou moleza - Objeto específico do tato.
- Calor ou frio - Objeto específico do sentido de temperatura.
Pode acontecer que muitos objetos sejam sejam apreendidos simultaneamente como sonoros, coloridos, odoríficos... De forma visual, auditiva, cinestésica, gustativa, olfativa, etc. Assim apreenderemos a flor, o pássaro, a criança, que brinca... Dois ou mais sentidos podem ser solicitados simultaneamente pelos diversos aspectos do mesmo objeto.
Verifica-se, porém, que tomamos posse do mundo exterior não apenas por uma variedade de sensações. Nós percebemos essas sensações como sensações e as distinguimos umas das outras; Nós as resolvemos, combinamos entre si estimamo-las com úteis ou nocivas. Daí falarmos também de sentidos internos, que são:
- A consciência sensitiva, ou o chamado 'senso comum', mediante o qual percebemos que somos o sujeito de sensações ou de nossa vida sensitiva.
- A imaginação ou fantasia, mediante a qual projetamos imagens que são como que o desdobramento ou a livre associação de imagens percebidas anteriormente. Podemos imaginar um casa ideal, uma cidade fantasiosa, uma viagem pelo espaço sideral...
- a estimativa ou cogitativa, que nos animais irracionais é chamada de instinto. Faz-nos perceber em certos objetos materiais algo de útil, que suscita nosso desejo ou nos atrai, ou algo nocivo, que suscita nossa repulsa. A estimativa leva-nos a colocar a mão diante do rosto ou a afastar o rosto quando vemos uma pedra dirigida contra nós.
- A memória sensitiva, mediante a qual amarzenamos conhecimentos, que constituem um tesouro de experiências úteis para orientar nossa vida cotidiana.
Os quatro sentidos internos são superiores aos sentidos externos. Todavia fazem parte do nosso conhecimento sensitivo, pois têm por objeto realidades, materiais e concretas. Apenas notemos que o objeto específico dos sentidos externos são qualidades fisícas, ao passo que o dos sentidos internos são qualidades psicológicas.
Deve-se observar ainda o seguinte: mediante o conhecimento sensitivo, tomamos posse, de algum modo, do mundo material. Pelos sentidos externos, este vai entrando em nós de maneira desordenada ou tumultuada. O escalonamento ou a arrumação dos objetos percebidos é tarefa da inteligência. Antes, porém, que o intelecto entre em exercício, já os nossos sentidos internos realizam certa organização dos nossos conhecimentos sensitivos; a imaginação e a estimativa recolhem e combinam esses dados entre si.
Os sentidos nos revelam a existência do mundo material... Mas não manifestam a natureza íntima ou as essências e as causas existentes no mundo material. Tal tarefa é conhecimento do conhecimento intelectual... Sendo assim qualquer simples girassol poderá adquirir um certo senso crítico...
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